Bom, resolvi fazer disso aqui um registro da minha vida, seja por acontecimentos ou quem sabe por emoções... só sei que se me der vontade de compartilhar alguma coisa é ao meu blog que recorro. Não é bem um diário, pq meu intuito nao é contar tudo da minha vida, não espere me conhecer por aqui... Mas acho que dá pra começar a me apresentar.



terça-feira, 10 de agosto de 2010

POR QUE EU NÃO ME SUICIDO?

Eu não me suicido porque amo viver. Amo acordar todos os dias, ver um sol maravilhoso, ou mesmo a chuva preguiçosa. Amo a praia, o calor, os amigos, as brincadeiras, os sorrisos e as gargalhadas. Amo o frio, o aconchego, o abraço. Amo chocolate, sorvete e pizza. Amo música. Amo meus pais, meu cachorro, minhas casas, meus quartos. Amo viajar, ir ao cinema, sair, beber, bagunçar... Amo dançar! Amo os momentos, os detalhes, os sentimentos, o riso, o choro, a entrega. Amo a saudade. Amo matar a saudade. Amo o beijo, a paixão. Amo amar e amo ser amada. Amo o amor.

Hoje, ouvi uma frase de uma música conhecida: “Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é”. A vida pode ter momentos de tristeza e sofrimento, mas é tão perfeita que eles só existem para que os de alegria e felicidade tenham ainda mais valor e sejam ainda mais intensos. E para que eu possa amar ainda mais.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Rio, 08/04/2010

Hoje acordei me sentindo tão bem...
Abri a janela e me deparei com um céu limpo e um sol maravilhoso!
Coloquei na lista de reprodução minhas músicas favoritas e comecei a me arrumar para ir almoçar e depois ir para o curso... É, a vida está voltando ao normal e o mundo não acabou. Vesti minha camisa do meu amor maior (hoje é dia de jogo!) e isso me fez sentir ainda melhor.
Como ainda tinha tempo, conversei com os amigos na net e, é claro, com mamãe. Falar com ela é sempre bom, até quando ela me irrita, porque até assim sei que ela me ama. Mas não foi o caso hoje. Ela só queria saber como estava o Rio após a enchente e se eu estava bem. Preocupação de mãe.
Graças a Deus, eu não fui atingida pela enchente, aqui em casa tudo esteve em paz. Mas a TV e a internet estavam alarmadas. Para muitos a situação estava mais do que tensa; desesperadora. Desde segunda o caos se instalou na Cidade Maravilhosa, e de lá pra cá foram notícias, a todo momento. De pessoas que ficaram presas em seus trabalhos, outras que saíram e, desoladas, ficaram pelas ruas, ou melhor, pelas ilhas da cidade, que mais parecia um mar com seus poucos locais de refúgio, quando havia. Alunos presos nas faculdades, alguns tentando ajudar pessoas a saírem de um ônibus no qual a água já atingia as janelas. Assustadas, pessoas em cima de suas casas nas encostas clamando por socorro. Uma verdadeira luta pela sobrevivência.. Uma guerra civil.
As horas foram passando, o dia, e quando tudo parecia melhorar... dê-lhe mais chuva! Deslizamentos... Mortes... Desabrigados...
Até onde isso iria?
Quando menos esperávamos, a notícia bombástica: o maior deslizamento registrado. Niterói. Cinquenta casas atingidas, duzentos soterrados. O mundo cái novamente bem em cima do Rio, desaba... em pranto, desespero e oração.
Mães, filhos, pais, netos... todos esperando para ter notícias de seus familiares, vivos ou... alguns já sem esperança... "É muita terra!".
Amigos e desconhecidos ajudando como podem, caindo dentro, não há espaço para o medo ou a insegurança. A cada segundo as chances diminuem. Mas Alguém, que é Maior que tudo isso, lembra que Seus braços estão abertos, não só sobre a cidade do Rio, mas sobre todos nós, e nos momentos mais difíceis são Seus braços que nos resgatam. Vítimas com vida começam a ser retiradas dos escombros. Dentre os que não resistiram, há aqueles que nasceram de novo.
Hoje, assistindo ao jornal, pude ver tudo isso na gravação e a incessante busca que ainda continua. Aí caí na real que, meu Deus, está pior do que nossa vã mentalidade possa dar conta. Ajudar é mais que necessário, é fundamental, da maneira que lhe é possível. No cotidiano a gente não percebe, ou finge não perceber, mas "o mundo está ao contrário e ninguém reparou".

P.S.: Agora o céu está escuro.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Palimpsesto

Já que de todas as posses que o Homem possui a única verdadeira é o amor, coloco-me a escrever sobre ele. O sentimento mais nobre da alma humana e, talvez, o único que deva ser levado em consideração. É assim que me sinto bem, que me sinto completa, me sinto feliz, sinto ser eu mesma. Assim sou plena. Sou amor, do começo ao fim. Sem ao menos saber onde começo e, menos ainda, onde vou chegar e, enfim, parar. Será mesmo que existe um ponto final, uma linha de chegada onde tudo cesse? Mais digno da vida aquele que acredita que haverá sempre infinitos pontos de partida sem nunca existir um término para algum. Um palimpsesto, onde as histórias são construídas umas sobre as outras, sem nada se perder. Dessa maneira construímos, juntos, uma única jornada. A jornada dos amantes. Amantes da vida. E seremos eternos.